Passa ano, passa temporada, ídolos surgem, ídolos são criados, maus pilotos aparecerem, junto deles, os "culpados". A imprensa não costuma perdoar, faz tiradas, sátiras e tudo o que for possível. Não os culpo, quero deixar isso bem claro, eles apenas procuram o ibope de cada dia, o que é uma coisa normal, mas o que não deveria ser normal é a reação do publico em geral. Em geral não, a reação dos que chamo de "Caceta".

Vamos voltar no tempo em um outro esporte. Tênis. Guga é Tri em Roland Garros, é o melhor do mundo tempos depois e o que acontece? Febre, do nada Guga vira ídolo de "70%" do Brasileiros, faz propaganda de marca de chinelo, de refrigerante. Parecia que tudo seria para sempre, mas o que aconteceu depois? Lesão, cirugia e nunca mais voltou a configurar entre os melhores. O mesmo para seus fãs, ninguém nunca mais falou no Guga, a não ser para tirar sarro, fazer piadas sobre sua condição física e muitas outras coisas. Quem não lembra da famosa piada: "O Guga não “saibro” mais"? É esse tipo de torcedor que chamo de "Caceta", aquele que só vai pelo “oba oba”, que torce pra quem ta vencendo, que vai ao autódromo ver corrida e confunde Ferrari com Williams!(Sim, já vi um caso assim).

Agora vou contar o que a maioria de vocês nunca viu e nunca irá ver.
GP Brasil 2007, Interlagos, São Paulo. A festa é grande, o publico que esperou a madrugada na fila levanta. Na nossa frente passa não um carro de F1, não passa em alta velocidade, mas nos faz gritar e cantar o nome de dois de nossos atuais pilotos na categoria, é apenas um caminhão, mas com eles em cima, um momento que nunca esquecerei. Isso é ser Tiffosi, é saber do que ocorre, saber reconhecer o talento, saber valorizar, saber saber.

Sei que muitos vão dizer que Tiffosi são os torcedores da Ferrari, eu sei disso e não me equivoquei no que disse. Os Tiffosi são torcedores apaixonados, o que é exatamente o que quis dizer.