Equipes da F-1 discutem novo acordo na Itália

As dez escuderias que disputam a Fórmula 1 e o chefe da categoria Bernie Ecclestone estão reunidos em Maranello, na Itália, discutindo o teor do novo Pacto da Concórdia para a categoria. A reunião foi realizada nesta terça-feira, na sede da Ferrari. Segundo a equipe italiana, o encontro foi "extremamente construtivo".

Durante a reunião, todos os participantes concordaram com a criação de uma nova associação de equipes, que seria responsável por coordenar os acertos finais dos aspectos comerciais e de regras do Pacto.

O novo acordo será criado para atender aos pedidos feitos pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) incluindo, entre outros temas, a mudança de regulamento e o corte de gastos da categoria.

"Todas as equipes da Fórmula 1 reuniram-se hoje em Maranello e participaram de um encontro extremamente construtivo na presença de Bernie Ecclestone e Donald McKenzie (seu sócio). As equipes concordaram que será estabelecida uma nova Associação de Equipes da Fórmula 1 para trabalhar em conjunto com a FIA e a FOM no acordo dos regulamentos e condições comerciais que propiciarão um modelo para um esporte forte e dinâmico", afirmou a Ferrari em seu comunicado.

Aniversariante, Alonso planeja mais títulos na F-1

Quando começou na Fórmula 1, aos 19 anos, o espanhol Fernando Alonso achava que uma longevidade como a de Michael Schumacher na Fórmula 1 era algo exagerado e não estava em seus planos passar duas décadas na categoria. Mas, ao comemorar 27 anos, nesta terça-feira, o piloto da Renault mudou o discurso e confessou o desejo de permanecer pelo menos mais uma década nas pistas.

"A Fórmula 1 pode sugar toda a sua energia, e por isso achava que não ia querer passar toda minha vida nela. Mas agora minha opinião mudou. Tenho 27 anos e penso: por que não passar mais outros dez ou 11 anos. Quero mais conquistas e estou pronto para me dedicar o tempo que for preciso para recuperar os êxitos", disse em Budapeste, na Hungria, onde a Renault se prepara para a disputa da próxima etapa da competição.

Após atravessar grandes momentos, como a conquista dos títulos de 2005 e 2006, e outros de grande frustração, Alonso não duvida que seu amor pelo automobilismo continua forte. "Ainda amo este esporte. Há altos e baixos e os bons momentos são difíceis de esquecer. Não existe mais nada que provoque estas sensações em mim", destacou o piloto.

Ocupando apenas a nona colocação na classificação atual, o espanhol se motiva também pela mudança na postura da torcida em relação a sua carreira. "Acho que minha situação atual talvez tenha ajudado as pessoas, as do meu país, a entenderem melhor o que ganhei na Fórmula 1. Os torcedores espanhóis começaram novos na Fórmula 1 porque a modalidade ainda não estava bem desenvolvida. Acho que agora, eles entendem como foi difícil conquistar aquelas vitórias. E este é o momento de recuperar e reconstruir a motivação de todos novamente".

Realista, Alonso descarta qualquer chance de almejar ao título deste ano, mas busca exemplo no heptacampeão Michael Schumacher para projetar mais títulos no futuro. O alemão foi duas vezes campeão com a Benetton antes de se transferir para a Ferrari. Durante cinco anos na escuderia italiana ele não conquistou nada, mas contribuiu para que a equipe se tornasse uma grande campeã nos anos seguintes.

"Não pude ser campeão na McLaren e este ano não tenho chances de vitória, mas são apenas dois anos", diz Alonso, comparando sua situação com a de Schumacher. "Espero ser candidato ao título no ano que vem. Tenho muito tempo e minha ambição é conquistar mais títulos", declarou o piloto.

Apesar do otimismo, Alonso mantém o mistério sobre seu futuro e não confirma se continuará na Renault ou se irá para outra equipe após 2008. "Não decidirei nada até o final do verão. Somente então sentarei com meus conselheiros para ver o que é melhor para mim e para a Renault. Tenho que considerar muitas coisas e tudo é possível", finalizou Alonso.

Fonte: Copiado do Terra, porque estou sem tempo!